Se você deseja presentear alguém com um relógio clássico, deve saber que uma peça valiosa não se restringe a matéria nobre. Um critério primordial na avaliação de colecionadores e entusiastas é o legado da marca, o apelo histórico que garante à pessoa a exclusividade de uma reputação que atravessa séculos. Por esse motivo, a fabricante suíça Patek Philippe é referência mundial em relógios sofisticados e seus modelos tornaram-se os mais simbólicos acessórios de luxo.


Antoni Patek e Jean Adrien Philippe foram, por essência, dois artesãos da horologia.

Patek, polaco, militar condecorado, mudou-se pra França aos vinte anos em busca de exilio. No entanto, dois anos depois, foi forçado novamente a se deslocar, desta vez migrando para a região de Genebra, na Suíça. Tipógrafo, comerciante de vinhos e licores e artista plástico foram algumas das aventuras de Patek até se estabelecer no mercado de relógios de bolso - peças que ele comprava e providenciava a decoração com apoio dos artesãos locais. Sua primeira oficina, a “Patek, Czapek & Cia.”, aberta em parceria com François Czapek em 1839, ficou reconhecida como a melhor relojoaria por encomenda da Suíça. Porém, a união durou cerca de cinco anos, quando houve o rompimento da sociedade e o nome passou a ser Patek & Co. Um ano depois, em 1845, Patek se junta ao francês Jean Adrien Philippe inicialmente ofertando-lhe um terço de todos os lucros da empresa no cargo de relojoeiro-chefe.

Philippe era o relojoeiro premiado com medalha Medalha de Bronze na Exposição Industrial Francesa de 1844 por sua invenção patenteada: um mecanismo que permitia ajustar os relógios por meio de uma coroa em vez de uma chave. Seu desempenho foi tão surpreendente, que em 1851 ele se torna sócio pleno e a empresa começa a operar como Patek Philippe & Co. Desde então, o calendário perpétuo, o ponteiro dividido em segundos, o cronógrafo ou o repetidor de minutos, foram apenas algumas das técnicas patenteadas.

Já no mesmo ano da sociedade, uma outra presença eleva o patamar da Patek Philippe. Trata-se da rainha Vitória de Inglaterra, que após a Grande Exposição Mundial de 1851, realizada em Londres, se tornou uma leal apreciadora da marca. O encantamento da monarca arrebatou outras diversas autoridades, ampliando o prestígio e consequentemente a responsabilidade com os mais altos níveis de confecção e elegância evidenciado em todas as peças.

O compromisso de criar os melhores relógios do mundo foi mantido pelos descendentes Patek Philippe, a ponto de em 1932, os empresários Charles e Jean Stern, que são irmãos, comprarem todas as ações da relojoaria, que atualmente é gerida pela quarta geração da família.

Em mais de 150 anos de história, a marca genebrina acumulou inúmeros prêmios e soube reinventar-se por entre as contemporaneidades da criatividade, estética e inovações tecnológicas. Consolidou-se com seus designs cada vez mais autênticos e desejados por homens e mulheres e suas diversas identidades. A trajetória pela epopeia do tempo e dedicação aos versos singulares de cada geração, atribuiu à Patek Philippe os tributos de relíquia e originalidade. Prova disso, é a fabricação de peças tão modernas e luxuosas permanecerem totalmente centralizada nas instalações da empresa. Isso destaca a garantia de um padrão de qualidade que ultrapassa a habilidade técnica e maquinaria de ponta, trata-se da garantia de valores humanos, onde todos os relógios são acabados à mão por especialistas.

A Patek Philippe segue no topo com seu emblema de excelência. Além de comercializar em mais de 100 países entre as joalherias mais conceituadas, em 2001 inaugurou o Museu Patek Philippe, em Genebra, onde aficionados e admiradores têm a oportunidade de fascinar-se com 500 anos de história da horologia. Seus modelos consagrados figuram entre os mais caros do mundo, são exemplos o Patek Philippe Grandmaster Chime, o Patek Philippe Henry Graves Supercomplication, o Patek Philippe Stainless Steel e Patek Philippe Gobbi Milan ‘Heures Universelles’.