Entusiastas do esporte, atletas e pioneiros da aviação cobiçavam os relógios Breitling por sua precisão e por diversas inovações. Em 1893, a Breitling patenteou um movimento com uma reserva de marcha de oito dias. Três anos depois, apresentou um inédito cronógrafo com a precisão de dois quintos de segundo. Em 1905, patenteou um taquímetro de bolso que foi o precursor do velocímetro dos automóveis.


Gaston Breitling seguiu os passos de seu pai e em 1915 criou um dos primeiros cronógrafos de pulso com um botão independente que controlava as funções “start”, “stop” e “reset-to-zero” da coroa. Esse feito tornou o cronógrafo mais fácil de ser usado, além de evitar erros. Em 1923, a função “reset-to-zero” voltou para a coroa do cronógrafo, mantendo as funções “start” e stop” no botão de 2 horas. Esta inovação permitia adicionar vários tempos sucessivos, sem que houvesse a necessidade de repor os ponteiros a zero.


Em 1932, com apenas 19 anos, Willy Breitling assumiu os negócios da família após o falecimento de seu pai, Gaston. Apenas dois anos depois, ele patenteou um segundo botão as 4 horas, que possibilitava somente redefinir o cronógrafo para zero. Esse feito permanece até hoje com dois botões independentes em cada lado da coroa.


Na segunda metade da década de 1930, houve uma crescente produção de cronógrafo de bordo para aeronaves, tanto que em 1938, foi criado o departamento “Huit Avaliation” para atender as necessidades dos setores militares e de aviação. Neste departamento os produtos eram criados, fabricados e testados para serem usados entre e acima das nuvens. No ano seguinte, o Ministério da Aeronáutica britânica fez um grande pedido para a Royal Air Force e outras forças armadas seguiram o mesmo exemplo, tornando a Breitling uma das marcas mais conhecidas do mundo para a aviação.

Visando atender o desejo das pessoas por produtos elegantes e glamurosos, Willy Breitling desenvolveu a linha Premier em 1943, com cronógrafos sofisticados para o uso pessoal. No ano seguinte, foi lançado o Duograph, com um design semelhante ao Premier, mas com um cronógrafo de fração de segundos que permitia cronometrar dois eventos separados simultaneamente. Em 1945, a linha Premier ganhou o Datora, que podia fazer a leitura da data e a fase da lua, mantendo o belo design. Os três modelos eram atraentes, com caixas elegantes, algumas em ouro maciço e com uma riqueza de detalhes no mostrador.

A aviação já não era mais de domínio exclusivo de militares e governo, um novo mercado de aviação civil e de lazer estava emergindo e com isso em 1952, Willy Breitling começou a desenvolver um cronógrafo de pulso que permitia aos pilotos calcular a velocidade média, distância percorrida, gasto de combustível e taxa de subida. Dois anos depois, o maior clube de pilotos do mundo, AOPA, anunciou o Navitimer como seu relógio oficial.Este modelo se tornou um dos relógios mais icônicos da marca.

Willy Breitling já havia conquistado o céu e queria conquistar o oceano. Profissionais e amadores de mergulhos e esportes aquáticos precisavam de instrumentos que fornecessem informações vitais dentro da água. Visando atender esse público, a Breitling lançou em 1957 o SuperOcean, um relógio de mergulho estanque até uma profundidade de 200 metros. Dois modelos foram criados: um para quem queria frequentar a praia com estilo (Ref. 1004) e outro para o mergulhador mais experiente (Ref. 807).

Em 1962, o tenente Comandante Scott Carpenter, um dos sete astronautas escalados para exploração espacial e fã do Navitimer, fez um pedido especial a Breitling: criar uma versão para astronauta. O Navitimer personalizado com uma luneta rotativa maior e um mostrador de 24 horas para contar o dia e a noite na escuridão do espaço foi criado e orbitou 3 vezes no pulso do astronauta.

Em 1964 foi lançada a coleção Top Time com missão de atender profissionais jovens e ativos, com design elegante e não convencionais. Os modelos com caixas quadradas e mostradores gráficos se tornaram os preferidos por homens e mulheres elegantes e ganharam páginas em revistas de moda e nas telas dos cinemas.


Ao final da década de 1969, a Breitling assumiu o desafio de construir um cronógrafo automático. Em parceria com Dubois Dépraz, Heuer-Leonidas e Hamilton Büren, a Breitling lançou perante a imprensa mundial uma linha com a coroa do lado esquerdo da caixa e os botões do lado direito denominada Calibre Chrono-Matic.


Com a saúde debilitada, Willy Breitling buscou alguém que defenderia a independência da marca e preservaria sua herança para substituí-lo. Ernest Schneider, um técnico e entusiasta da aviação foi o escolhido e assumiu a Breitling em 1979.


No início de 1983, a Frecce Tricolori, uma das equipes acrobáticas mais prestigiadas do mundo, lançou um concurso para seu relógio oficial. Foi a grande oportunidade de a Breitling reafirmar sua tradicional experiência celebrando laços com a aviação através do cronógrafo “Frecce Tricolori”, com luneta giratória com quatro abas de piloto nos quartos de hora e uma pulseira Rouleaux.


Em comemoração aos 100 anos, a Breitling lançou em 1984 o Chronomat, uma aposta ousada que foi contra a tendência do Quartzo. O modelo fez renascer o cronógrafo mecânico, com abas de piloto reconhecíveis e inspiradas no Chronograph “Frecce Tricolori”. O modelo se tornou sucesso na Itália e nos Estados Unidos.

A filosofia da marca era seguir com a tradição mecânica da Breitling sem deixar de aproveitar as últimas melhorias eletrônicas, buscando sempre aprimorar a experiência do usuário. Prova disso foi o Aerospace, um modelo de quartzo com a tecnologia suíça de última geração. O Aerospace, lançado em 1985, apresentava um display analógico e digital e o mostrador continha duas telas de LCD. As funções de exibição de hora, alarme, cronógrafo, fuso horário duplo e muito mais, eram ativadas facilmente girando, pressionando ou puxando a coroa. Um modelo intuitivo com um design discreto e elegante.

Em 1994, Ernest Schneider entregou o comando da Breitling ao seu filho Theodóre Schneider, dando início a quinta geração de liderança da marca. No ano seguinte, o primeiro relógio de pulso equipado com transmissor de emergência integrado foi destaque com o nome Emergency.

O final do milênio foi marcado por uma conquista iniciada em 1992, quando o piloto aéreo Bertrand Piccard, da Suíça, venceu o Chrysler Transatlantic Challenge com o apoio da Breitling. Em comemoração, Piccard e o inglês Brian Jones, embarcaram em um grande desafio: dar uma volta ao mundo sem escalas em um balão de ar quente. O balão Breitling Orbiter 3 decolou no dia 1 de março de 1999, de Château-d'Oex, nos Alpes Suíços com os dois pilotos usando um modelo Emergency. Em 20 de março, o balão cruzou o céu da Mauritânea, fazendo história na aviação.

Em 1999, Theodóre Schneider traçou o objetivo ter todos os movimentos como cronômetros certificados. O que parecia intangível foi possível com a abertura da Breitling Chronométrie em La Chaux-de-fonds em 2001, que passou a fabricar seus próprios movimentos. O primeiro modelo totalmente independente foi o Calibre01, desenvolvido pela Breiling Chronométrie e lançado em 2009.

Em 2013 o Emergency foi atualizado com o único farol de emergência de dupla frequência integrado do mundo. As autoridades começaram a usar o modelo como uma ferramenta de resgate para socorristas.

Em 2015 o Exospace B55 atrelou a excelência dos relógios de pulso a conectividade do Smartphone. O modelo apresentava caixa de titânio preta e pulseira de borracha e os ajustes do relógio, pode ser feito pelo smartphone do usuário.

A Breitling passou por diversas mudanças na gestão, mas sem perder a tradição de inovação estabelecida pela família fundadora. Mas as mudanças não pararam por aí. Em 2017, a Breitling foi vendida para a CVC Capital Partners, marcando o início de um reposicionamento com visão de futuro e um retorno aos aspectos mais importantes de sua herança.

O “futuro lendário” foi liderado por Georges Kern, um veterano da indústria relojoeira. Ele e sua equipe continuaram a seguir com a tradição da marca, mas com um portfólio de produtos reestruturado em torno dos três universos da marca: Ar, Terra e Mar.

Em 2018 foi relançada a coleção Premier, com uma atualização do design voltado para o estilo da década de 1940. Em 2019, o relançamento do Navitimer Ref. 806 1959 Re-Edition, celebrou um dos relógios mais emblemáticos da Breitling. Em 2021 foi a vez do Chronomat receber um toque moderno. Neste ano a marca também lançou o Heritage '57 Pastel Paradise Capsule Collection, voltado para o público feminino.

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