Os 4Cs dos diamantes

O valor de uma pedra preciosa pode variar conforme alguns de seus detalhes. Os diamantes por exemplo são avaliados mundialmente por sua cor (color), pureza (clarity), lapidação (cut) e por seu peso em quilates (carat weight). Essa avaliação é conhecida como os 4Cs.

A lapidação é o critério primordial, pois é a principal responsável pelo brilho e beleza do diamante. Se a lapidação for ruim, a gema parecerá opaca e terá seu valor reduzido, mesmo se for muito bem classificada nos critérios de cor e pureza.

A pureza do diamante é medida através das características naturais e da raridade da pedra. Para que o diamante seja considerado puro, é necessário que não haja nenhuma impureza interna e nenhuma mancha externa.
O quilate é o peso do diamante, não o tamanho. Dois diamantes podem ter o mesmo peso e tamanhos diferentes, como também podem ter formatos semelhantes e pesos bem distintos.

A cor está intrínseca ao tom natural dos diamantes incolores e é a segunda característica mais importante dos 4Cs. Quanto menos cor o diamante tiver, mais raro ele será.

 


Diamantes Fancy
Os diamantes são compostos basicamente por um único elemento, 99,95 % de carbono. Em casos raros, esses 0,05% podem ser constituídos por um ou mais microminerais, originando os “diamantes fancy”. Estima-se que a cada um milhão de diamantes, um seja um diamante fancy. Os mais raros são os vermelhos, verdes, roxos, laranjas, rosa e azul. Quando uma pedra dessa é encontrada e lapidada, recebe um nome e sobrenome de batismo.

Amarelo
Os diamantes amarelos estão além da Escala de Cor de D-Z da GIA. Devido à presença de Nitrogênio em sua composição, os diamantes apresentam um elegante tom amarelado. Uma das marcas mais luxuosas, Tiffany & Co, nomeou um dos maiores e mais sofisticados diamantes amarelos do mundo com o nome “Tiffany”. Descoberto em 1877 na África do Sul, foi comprado no ano seguinte por Charles Lewis Tiffany, lapidado e finalizado com 128,54 quilates e um amarelo que parece ter uma chama em seu interior. Com valor inestimável, apenas 4 mulheres tiveram a permissão de usar essa joia: a socialite Mary Whitehouse em 1957, a atriz Audrey Hepburn em 1961, a cantora e atriz Lady Gaga no Oscar de 2019 e a cantora Beyoncé na campanha “About Love” em 2021.

Beyonce – Photo: maçom poole

Lady Gaga – Photo: DAVID FISHER/REX/SHUTTERSTOCK

Audrey Hepburn- Photo: Getty

 
Foto: Tiffany & Co

Foto: Tiffany & Co

Laranja
Pedras com manchas ou predominância na cor laranja são pouco comuns e encontradas apenas na Austrália e no continente africano. Essa coloração se dá pela ausência de nitrogênio em sua formação.

 
Foto: Reuters

Azul
As variações do azul mais claro ao mais escuro, se dá devido a presença de boro em sua formação. O diamante “Blue Moon” é um dos representantes mais famosos da cor azul, considerado uma das pedras mais perfeitas encontradas nessa tonalidade.

 
Foto: Reuters

Rosa
Cerca de 90% dos diamantes rosas são australianos, embora alguns já tenham sido encontrados em minas indianas. Essa tonalidade rosada é rara e sua composição química é única.
Em 2022 a Tiffany e Co adicionou 35 diamantes rosas raríssimos comprados da mina australiana Argyle Diamond Mine. Segundo a marca, ainda em 2023, eles serão apresentados a alguns clientes globais exclusivos, antes de serem incluídos na coleção de capsulas e quem sabe em futuras criações do Blue Book.
 

Foto: Divulgação

Vermelho
De todos os “fancy colors”, o vermelho é o mais raro. Assim como os diamantes rosa, ele é composto por carbono puro, sem qualquer outro elemento e com defeito na sua cadeira cristalina.
 

Fonte: UOL Economia
 
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