A tecnologia artesanal das joias cravejadas



Milenarmente as joias são veneradas e associadas a símbolos de proteção, adornos de poder ou ornamentação estética. Algumas envolvem processos de confecção com habilidades artesanais refinadíssimas que influenciam no design, beleza, durabilidade, conforto e, claro, na mensagem que você deseja passar com a peça. Cada ocasião pede um estilo único.

Você sabia que para além do valor nobre da liga metálica - ouro, prata e platina, por exemplo - a técnica utilizada para fixar a pedra preciosa também demonstra o seu conhecimento sobre a alta joalheria? Propulsionada durante o movimento Art Déco, entre 1920 e 1930, as joias cravejadas se tornaram sinônimo de luxo e deslumbre.

Há diferentes especialidades de cravação para realçar ainda mais o brilho do seu acessório e eternizar um instante especial. Conheça as mais interessantes:

Cravação Inglesa ou Besel
O método mais tradicional, seguro e por isso considerado um dos mais elegantes. Ideal para Esmeralda, Tanzanita e Opala, mas que pode ser utilizado em praticamente todos os tipos de lapidação. Nesta técnica a pedra é fixada por um aro de metal que pressiona todas as suas extremidades. A dica é apostar no desenho em que a joia será esculpida, uma vez que o envolvimento pelo metal não permite a entrada de muitas luzes debaixo da pedra.

Cravação com Garras
Uma das escolhas mais clássicas. O nome já diz tudo. Nesse caso, a pedra é presa à joia por meio de garras ou grifas moldadas em redondo, quadrado ou V. O número de ganchos pode variar de acordo com o tamanho da joia. É uma técnica comumente utilizada com solitários, pois são privilegiadas pelos efeitos das aberturas laterais que proporcionam maior passagem de luz, fazendo a gema brilhar ainda mais. A recomendação é reapertar as garras ao longo dos anos para garantir a segurança da sua pedra.




Cravação Pavê e Micro-pave
É a cravação que deixa a joia com aparência semelhante a de uma superfície pavimentada por diamantes. O nome vem dessa referência mesmo, do francês, “pavé”, a técnica de pavimentar as ruas com paralelepípedos. No caso das joias, as pedras ou diamantes do mesmo tamanho são acomodadas próximas umas às outras, numa linha contínua, e presas a um pino de metal super discreto. Quando a cravação é micro-pave a espessura de metal que mantém as pedras no lugar é minúscula, frequentemente feito com filas de pequenos diamantes que chegam até 0,5 mm. Nesse caso, a indicação é evitar o uso diário pela delicadeza artesanal e facilidade de perder as pedras.



Cravação por tensão
Este método proporciona uma impressão incrível de flutuação da pedra, que está fixada à peça apenas pela tensão do metal que faz pressão em direções opostas. Apesar do processo de forja a frio que endurece a liga metálica, também trata-se de uma joia para ser exibida em ocasiões especiais, pois com o tempo o metal começa a perder a sua memória e isto pode resultar na queda da pedra.

 
Fonte: annagrammjbr
 
Cravação invisível
Uma das técnicas mais impressionantes por seu efeito de ilusão, como se nada fosse necessário para manter a pedra no lugar, embora esteja sustentada por ranhuras entre a gemas e a liga metálica. A ausência de outras matérias entorno da pedra privilegia a sua translucidez, causando um fascínio instantâneo. Por ser uma técnica desafiadora e absolutamente delicada, é muito valorizada na alta joalheria.
 


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